terça-feira, 22 de agosto de 2017

GIULIA MÃOS QUE FALAM

GIULIA MÃOS QUE FALAM
Ana Cláudia Marcelino RU 1916580
Polo – São José do Cedro SC
Data 22/08/2017




Eduardo Nascimento, deficiente auditivo é aluno do Colégio Nossa Senhora de Aparecida, em São Paulo. Nesse colégio ele pode contar com o auxílio do aplicativo Giulia mãos que falam, desenvolvido pelo professor Manuel Cardoso, doutor de Ciências, e um grupo de engenheiros do Amazonas, que tem como objetivo ajudar pessoas surdas a se comunicarem com ouvintes que não conhecem Libras (Língua Brasileira de Sinais), ele permite que os smartphones traduzam os movimentos de Libras em áudio na Língua Portuguesa e a comunicação inversa também é possível, no qual o ouvinte fala próximo ao microfone, e o seu áudio é transformado em texto ou sinais executados por um avatar, na tela do celular.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) no Brasil, 9,7 milhões de pessoas são deficientes auditivos. O aplicativo pode ser usado em todas as matérias, mas deve saber Libras, a idade só depende do conhecimento de Libras, pois varia de criança para criança. O colégio implantou em seu sistema de ensino esse projeto inovador de tecnologia, para promover a inclusão social e digital de seus alunos com deficiência auditiva.

Para utilizar o sistema, é preciso ter um celular smartphone fixado no pulso, aparelho este, que deve conter, o sensor magnetômetro (usado para medir a intensidade, direção e sentido de campos magnéticos em sua proximidade). Quando o usuário movimenta o braço, fazendo os gestos de Libras, o aplicativo interpreta os sensores que definem o movimento e transforma em voz eletrônica o sinal que o usuário fez. O algoritmo do Giulia, baseado em uma inteligência artificial, vai aprendendo com as características da pessoa que faz os sinais, pois cada pessoa tem um jeito um pouco diferente de fazer o mesmo sinal. O aplicativo pode também enviar mensagens pelo Whatsapp.

Este aplicativo já está disponível gratuitamente no Play Store (loja virtual do Google para celulares com o sistema Android), pois ele conta com patrocínios, parcerias com empresas e investidores. O ponto negativo que podemos identificar é a aquisição do aparelho, por se tratar de valores não muito acessíveis, porém a vantagem desse aplicativo é o apoio da operadora de telefonia TIM na oferta especial de pacotes de dados, os surdos podem ter acesso a essa tecnologia, com o menor custo possível.

O aplicativo possui ainda outros recursos, como a leitura de códigos de barra, localizador, alerta, chat, babá eletrônica e despertador. Este APP foi criado para facilitar a vida no dia a dia dos deficientes auditivos, exemplo, em uma consulta médica no hospital, na escola, no seu trabalho na empresa, atendimento em delegacia e até para se comunicar em lojas, com seus amigos e familiares que desconhecem Libras.

O nome Giulia é uma homenagem a uma jovem que teve as atividades cerebrais prejudicadas por causa de uma bactéria. São grandes as dificuldades encontradas pelos deficientes auditivos. Muitas crianças que nascem surdas, principalmente as mais pobres, muitas vezes, não são nem alfabetizadas.
Contudo, Eduardo N. disse que aconteceu uma revolução em sua vida, com a facilidade de comunicação do aplicativo Giulia, não somente no estudo, mais em tudo. Ele teve sua auto estima elevada, se sentiu valorizado e incluído na sociedade.


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